terça-feira, 8 de novembro de 2022

TERRA EM TRANSE 1967

 






O Rei da Vela deu-nos a consciência de pertencermos a uma geração. Pela primeira vez eu sinto isso. Há uma geração que vai começar a intercambiar, começar a criar. Fui violentamente influenciado por Terra em transe. Hoje, fico satisfeito em saber que Arnaldo Jabor, Cacá Diegues, Leon Hirschmann, Gustavo Dahl e tantos outros receberam o que eu quis comunicar com o espetáculo. Fico satisfeito de Caetano Veloso ter escrito que agora compõe “depois” de ter visto O Rei da Vela. Que o Nelson Leirner acha a coisa tão importante como o neodadaísmo na pintura..

ZÉ CELSO

O livro de Caio Prado Junior, A Revolução Brasileira, passava de mão em mão. Celso Furtado, Mário da Silva Brito, Régis Debray, Artaud, Maiakovski, circo, teatro, ópera, avacalhação, deboche. Da chanchada a Terra em transe, de Glauber, que seria nosso homenageado no programa da peça, tudo nos distrai, enquanto corações despedaçados procuravam sobreviver.





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