segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Toras gigantes em rota de desmatamento no interior do Acre

Daniel Santini - 13/11/14

Enviado especial a Brasiléia (AC) - O balançar cadenciado do táxi com o ar condicionado quebrado, o vento morno que sai não sei ao certo se do motor ou da janela aberta dão sono. A paisagem é monótona. Pastos sem fim, com poucas árvores, uma ou outra castanheira que resistiu às queimadas dos anos e décadas anteriores no processo de ocupação da BR-317. A rodovia liga a capital Rio Branco às cidades de Brasiléia, na fronteira com Cobija (Bolívia) e Assis Brasil, vizinha de Iñapari (Peru). O cenário constante só é interrompido por um ou outro canavial e pela entrada dos ramais, estradas de terra que levam ao interior das propriedades ou a outras fazendas.
VRUUUUUUUUUMMMMMMMMMMM

Grande Artista da Natureza

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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Como foi o II Busca ao Lifer?


O II Busca ao Lifer (busca pelo primeiro encontro com uma espécie nunca vista por você) aconteceu de 06 a 07 de setembro de 2014, na base de Campo do Instituto Mamede de Pesquisa Ambiental e Ecoturismo: RPPN Vale do Bugio, na região de Corguinho/MS.
Mais que encontro com lifers e espécies raras, o evento proporcionou um encontro consigo mesmo e com novos e antigos amigos, que fizeram do final de semana um dos momentos mais emocionantes desta temporada. 

Observar as aves, suas cores, shapes, comportamento etc., parece atividade simples, mas que revela o assombro do encontro, resultando em alegria compartilhada, incrível e prazerosa. A frase “no scoup” significava algo além do prazer, e, a cada procura, o termo significava prestes a ser mais feliz do que já se encontrava por ter registrado, mesmo com olhos nus ou com binóculos, um parente cada vez mais próximo – a ave.
Fonte: Simone Mamede - Instituto Mamede
RPPN Vale do Bugio


quarta-feira, 3 de setembro de 2014

IUCN atualiza lista de espécies ameaçadas de extinção

Mais de 700 espécies foram incluídas como ameaçadas na atualização da Lista Vermelha. Foi incluído também o status de conservação de 4.807 espécies. No total, 70.294 espécies foram avaliadas, sendo que 20.934, quase 30% do total, correm o risco de desaparecer do planeta, segundo a IUCN.

Total de espécies avaliadas = 70,294
Espécies ameaçadas = 20,934 (29,78%)

Extintas = 799
Extintas na natureza =61
Criticamente em Perigo = 4,227
Espécies em Perigo = 6,243
Vulneráveis = 10,464
Quase Ameaçadas = 4,742
Baixo Risco ou Dependente de Conservação = 241
Pouco Ameaçada = 31,846
Dados Insuficientes = 11,671
http://www.oeco.org.br/noticias/27337-iucn-atualiza-lista-de-especies-ameacadas-de-extincao

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Tecnologia monitora tartarugas no Xingu

Sistema de radiotelemetria vai monitorar os quelônios
A preservação de quelônios que se reproduzem nas praias do Tabuleiro do Embaubal, no município de Senador José Porfírio, ganhou um novo aliado: a radiotelemetria. Até o final desta semana, cinco tartarugas-da-amazônia com sensores serão soltas no Rio Xingu. Os sinais emitidos pelos equipamentos adquiridos pela Norte Energia seguem para um satélite e são retransmitidos para uma central de  monitoramento em Altamira. A transmissão possibilita mapear o deslocamento das tartarugas, o que vai contribuir para ampliar o conhecimento da espécie eaprimorar as ações de proteção e preservação. 
O sistema de radiotelemetria vai monitorar o deslocamento de dez tartarugas-daamazônia. Cinco transmissores serão implantados na  próxima estação reprodutiva, entre agosto e janeiro. “As tartarugas capturadas agora provavelmente são residentes. No período de desova, poderemos localizar indivíduos que se deslocam de outras áreas para o Tabuleiro, até mesmo do rio Amazonas”, explica gerente do Meio Biótico da Superintendência dos Meios Físicos e Bióticos da Norte Energia, LaurenzPinder. Acredita-se que tartarugas desçam o Rio Xingu e retornam ao Tabuleiro do Embaubal no período de desova e procriação, mas não há estudos que comprovam este deslocamento.
A primeira tartaruga-daamazônia devolvida ao Rio Xingu com sistema de radiotelemetria recebeu o nome de Aninga, referência à vegetação de igapó que é fonte de alimento da espécie. Aninga transporta um sensor subaquático que emite sinal de localização a cada 60 segundos mesmo submerso. Este sistema será utilizado em cinco tartarugas. Outras cinco vão carregar sensores que emitem sinais quando vêm à tona para respirar. Os equipamentos foram adquiridos pela Norte Energia, responsável pela construção e operação da Usina Hidrelétrica Belo Monte.
“É uma inovação. Agora também poderemos fazer o monitoramento sem estarmos em campo”, explica Gustavo de Oliveira, biólogo da empresa contratada pela Norte Energia para realizar o trabalho. Os transmissores contam com a identificação do projeto (Programa de Conservação de Quelônios).
O Tabuleiro do Embaubal está localizado à jusante da Casa de Força principal da Usina Hidrelétrica Belo Monte. Considerada a mais importante área de reprodução de quelônios de água doce do Brasil, é local de desova da tartaruga-da-Amazônia, do tracajá e do pitiú. A proteção dos sítios reprodutivos e a garantia da preservação das espécies fazem parte do Plano Básico Ambiental (PBA) de Belo Monte. O Programa de Conservação e Manejo de Quelônios, desenvolvido como condicionante da construção da usina, inclui o apoio a ações que contemplam da fiscalização e manejo nas praias (sítios de desova) a atividades de educação ambiental.
Desde 2011, quando a Norte Energia passou a desenvolver o Programa, mais de um milhão de filhotes das três espécies foram manejados e devolvidos ao habitat natural. Os recursos financeiros da empresa contribuem para apoiar trabalhos do Ibama, Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e Prefeitura Municipal de Senador José Porfírio.
Fonte: O Liberal 05/02/2014

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Alta Biodiversidade na Amazônia


BIODIVERSIDADE EM PERIGO, um quinto dos organismos vivos está sob ameaça de extinção.

A cada hora, no mundo desaparecem três espécies de animais. O planeta está vivendo uma crise que consiste na rápida redução do número de espécies. Isto é especialmente relevante para mamíferos, destaca a diretora da representação de Moscou do Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal (IFAW) Maria Vorontsova:
“Sob ameaça de extinção estão rinocerontes, elefantes, tigres. No mundo restam apenas dois mil e setecentos tigres. No Extremo Oriente da Rússia vivem tigres do Amur, eles não são mais de quatrocentos. Lá vive também uma espécie maravilhosa de leopardos. Restam apenas 30-40 indivíduos. Também diminuiu bruscamente a população de saigas, que ainda há 20 anos eram cerca de dois milhões. No território da Rússia permanece um rebanho de entre três e cinco mil, e no total restam apenas 180 mil delas. Aparentemente, está diminuindo o número de ursos polares e morsas, que vivem no mar de Laptev.”
A redução do número de animais está ocorrendo em todo o mundo. Nos últimos 500 anos, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla inglesa), desapareceram completamente mais de 840 espécies de animais. Segundo diferentes estimativas, a extinção de animais está acontecendo cem ou até mesmo mil vezes mais rápido do que a taxa normal do processo evolutivo.
Isto é principalmente devido à interferência antrópica, ou seja, do homem. O aquecimento global provoca alterações climáticas irreversíveis e, como consequência, a extinção de espécies. Por outro lado, continua a urbanização de terras, desmatamentos em massa, a expansão de terras agrícolas.
Além disso, o homem está consumindo ativamente representantes do mundo animal. O mercado de comércio de plantas e animais está crescendo com incrível rapidez. São necessários séculos para o restabelecimento de suas populações. Comenta Maria Vorontsova:
“Diminuiu drasticamente o número de elefantes. Cada ano, caçadores furtivos matam na África até 60 mil elefantes. Matam-nos pelo marfim, que hoje é muito apreciado no Sudeste Asiático e na China. E o dinheiro assim ganho vai principalmente para apoiar organizações terroristas. Foi recentemente capturado um centro comercial em Nairóbi. A organização que se apoderou dele veio da Somália. Acredita-se que até 40 por cento do dinheiro que ela usa em atividades terroristas vem do comércio ilegal de marfim e da caça furtiva, na qual eles participam ativamente.”
Na Rússia, as autoridades não só combatem a caça furtiva mas também implementam diversos projetos de conservação de espécies raras de animais e pássaros. Entre eles, o projeto Morsas Árticas. As são habitualmente divididas em três subespécies, diz o coordenador de projetos de conservação da biodiversidade no Ártico da WWF da Rússia, Mikhail Stishov:
“A morsa do Pacífico habita o mar de Bering e o mar Siberiano Oriental. É uma morsa de pesca, com ela está tudo bem. A morsa do Atlântico habita na Groenlândia e no oriente do Canadá. Na Rússia, nos mares de Barents e de Kara. A população da morsa do Atlântico é pouca, mas não se sabe ao certo quantas são. Por isso, já durante vários anos nós estamos tentando descobrir locais de seu habitat. Encontramos novas colônias na ilha de Vaigach, no arquipélago de Nova Zembla. Agora começamos observações por satélite. Temos informações sobre como se movimentam as morsas no mar de Barents.”
A terceira subespécie habita as águas do mar de Laptev. Ela é a mais misteriosa. É possível que elas pertençam à espécie morsa do Pacífico. Isso ainda terá que ser averiguado. Para proteger a população de morsas, cientistas precisam ter dados sobre os locais onde elas vivem. A genética ajudará a responder a essa pergunta. Os cientistas conseguiram extrair amostras de material genético de morsas do Atlântico e do Pacífico. E a expedição realizada este ano permitiu colher amostras também da terceira subespécie, incluída na Lista Vermelha. Até o inverno, o Instituto de Genética vai obter dados exatos sobre como essas subespécies são ligadas umas às outras. É possível que esses estudos permitam salvar essa espécie da extinção.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

TATU CANASTRA EM MINAS GERAIS

O Brasil é considerado o primeiro país em diversidade biológica de mamíferos com 652 espécies. A Caxuana Reflorestamento, que está localizada no município de Nova Ponte, na região do Triângulo Mineiro vem fazendo, em parceria com o UNICERP – Centro Universitário do Cerrado – Patrocínio, importante parceria no desenvolvimento de estudos e trabalhos de preservação de fauna e flora, o que tem resultado na coleta de dados e resultados bastante significativos. Tem sido registrados dentro das suas áreas de reservas, animais em risco de extinção. No dia 29 de setembro, próximo ao Rio Claro, por volta das 10 horas, o aluno bolsista Lúcio Mauro Rosa e a professora/pesquisadora, Maria de Fátima Pereira, avistaram e fizeram o registro fotográfico do Priodontes maximus (Kerr, 1792) - Cingulata: Dasypodidae, popularmente conhecido pelos nomes de Tatu-canastra, Tatu-carreta ou Tatu-açu. O Priodontes maximus é o maior tatu existente. Seu comprimento pode chegar a 1,5m, e os adultos podem atingir 60 Kg, que é o caso do registrado na Caxuana Reflorestamento. A fêmea do tatu-canastra possui duas mamas e usualmente tem apenas um filhote por vez, mas o nascimento de dois já foi registrado. 
O “status de ameaça” em Minas Gerais do tatu-canastra é de perigo crítico (CR): considerado em risco extremamente elevado de extinção na natureza. Dentro da Caxuana Reflorestamento, além de registros da presença de exemplares de Priodontes maximus, existem vários registros de tocas e atividades alimentares, pois ele é um importante regulador das populações de cupins. A principal ameaça está nas alterações e destruição de seu habtat. Dentro da Fazenda Caxuana Reflorestamento de Nova Ponte, a espécie tem encontrado condições para habitar e reproduzir.

UNICERP – Centro Universitário do Cerrado – Patrocínio
http://www.unicerp.edu.br/versaoanterior/index.php?option=com_content&view=article&id=620%3Acaxuana-reflorestamento-ltda-e-unicerp-uma-parceria-pelo-desenvolvimento-sustentavel-e-responsabilidade-social&catid=1%3Alatest-news&Itemid=140http://www.unicerp.edu.br/versaoanterior/index.php?option=com_content&view=article&id=620%3Acaxuana-reflorestamento-ltda-e-unicerp-uma-parceria-pelo-desenvolvimento-sustentavel-e-responsabilidade-social&catid=1%3Alatest-news&Itemid=140

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