terça-feira, 7 de janeiro de 2020

congonha de bugre

Congonha-de-bugre
Em outra pesquisa, desta vez desenvolvida em Minas, a farmacêutica Juliana Morais Amaral de Almeida analisou para sua dissertação de mestrado (“Potencial das folhas de Rudgea viburnoides (Cham.) Benth (Rubiaceae) os efeitos da congonha-de-bugre no processo de emagrecimento. Desenvolvido na Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais, o estudo demonstrou que essa típica planta do cerrado apresenta polifenoides, compostos que têm ação antioxidante (substâncias que combatem os radicais livres, diminuindo seu poder de reação química). No entanto, quando a substância é consumida em grandes quantidades passa a ser pró-oxidativo.

Mas foi no tratamento contra a obesidade que a congonha-de-bugre demonstrou ser mais potente: em laboratório, usando cobaias, Juliana conseguiu perceber alterações metabólicas induzidas por dieta em camundongos Balb/c. Segundo ela, por ter sido feito em animais, ainda são necessárias outras avaliações em humanos para averiguar a possibilidade do seu uso terapêutico. A farmacêutica ressalta no entanto que, em vez de validar o uso popular apenas em dietas de emagrecimento, o estudo com a congonha-de-bugre demonstrou que o uso indiscriminado pode ter efeitos contrários ao esperado. “Extrapolar a dose é um risco grande”, alerta a pesquisadora. As cobaias, que foram divididas em três grupos, receberam doses diferentes do extrato da planta. As que receberam o extrato em menor dose melhoraram parâmetros associados à obesidade, como sensibilidade à insulina, indicadores de inflamação no fígado e tecido adiposo, bem como nos níveis de glicose. Entretanto, nos grupos que receberam doses maiores não foram verificados os bons resultados. A pesquisa indicou que o uso indiscriminado pode levar a efeitos contrários, como a piora nos índices de glicose.

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